sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pixies | A banda Perfeita - Tomo I

Por Pachá
Boston – Um dia qualquer do mês de maio do ano de 1986, o jornal trazia em pequenas letras um discreto anuncio, “precisa-se de baixista que tenha influências de Husker-Du e "Peter, Paul & Mary”. Ela olhou rapidamente e pensou ser a pessoa, pensou melhor e concluiu que era qualificada para vaga. Ligou e marcou uma hora com um carinha de nome Charles. O encontro se deu em uma garagem da casa de outro sujeito de nome David, um skatista cujas influências estavam mais para o surf music do que para Big Black ou Husker-Du, logo também apareceu um tal Santiago, colega de quarto do Charles na Boston University.




Embora sem se dar conta, nenhuma banda se da, eles estavam prestes a marcar como poucas bandas o cenário de rock alternativo. Os ensaios aconteceram naquela mesma garagem, do sketista e agora baterista, David Lovering. O nome inicial da banda por sugestão, de Santiago, um sujeito esquisito, que preferia ser chamado apenas de Joe, era Pixies in Panoply , que numa tradução livre seria algo como, elfos de armaduras, mas Charles, um sujeito mais esquisito que Santiago, que sonhava em ser os Rolling Stones, Beatles, reduziu o nome para apenas Pixies. Estava posto o último ingrediente naquela que viria a ser uma das mais influentes e imaculadas bandas de todos os tempos, vale lembrar que a época em questão as bandas aconteciam por vez, não tinha a enxurrada de bandas como a partir dos anos 90 até os dias atuais, primeiro foi The cure, seguido por The Smiths, Echo & the Bunnymen e Jesus and Mary Chain, todas essas bandas marcaram a sua época. Os elfos bostoniano, também, e iniciaram sua epopeia contrariando as regras mercadológicas da música e após várias apresentações em bares e pequenos locais na vizinhança de Boston, partiram para a Inglaterra onde após algumas apresentações no underground britânico, chamou a atenção de um produtor da 4AD, selo de música alternativa, que após ouvir uma singela fita K-7 demo, tratou de botar na praça uma bolacha, um EP, intitulado “Come on Pilgrim” estamos já no longínquo ano de 87 do séc. passado e com esse EP o quarteto bostoniano caiu nas graças da critica e público do concorrido cenário de música alternativo britânico.

Um ano havia passado e ela, conclui com uma convicção que nunca teve, de que aquele anuncio sempre foi para ela, foi um chamado, tocar country com sua irmã era legal, mas aquilo era outra coisa, ela estava prestes cravar seu nome nos cânones do rock. E conviver com sujeitos esquisitos como Charles, e Joe tinham aberto novos horizontes...
- Hey Charles de onde vem toda essa demência poética, ela perguntava...
- Hum! creio que agora não sou mais Charles, por favor me chame de Black Charles, ok!
- Sim! sem problema Black Charles, mas e quanto a minha pergunta?
- Sim... Nunca fui popular, e quando se está encurralado dessa maneira sua tábua de sanidade está naqueles em quem você se identifica, So! mergulhei no universo transcendental de David Lynch, no dadaismo, no
surrealismo de Buñuel, na demência de Lou Reed, na insanidade cínica de Iggy Pop e Captain Beefheart.
Ela escutava com admiração e pesar, e depois tinham todo o alvoroço da critica inglesa, a turnê pela Grã-Bretanha com os conterrâneos Throwing Muses, nada mal para um garota de 27 anos, pensava ela a todo instante, mas assim como os outros membros ela também não estava muito ai para esse estardalhaço todo, de público e critica, ela queira tocar, queria mostrar a força de uma mulher empunhado seu baixo com a autoridade de um deus do trovão.





Prelúdio


Toda a síntese do que viria a ser a última grande banda perfeita está presente nesse EP, suas 8 faixas genialmente toscas será o alicerce para os próximos trabalhos. 



Os gritos e gemidos animalescos de Black Charles, o baixo trovão de Kim, as guitarras dadaístas de Joe e a batida surf music de David, todo muito bem embrulhado num disquinho que tem cara de feito num autêntico fundo de quintal, porém genial, com estilo, arte no seu estado puro.






1. Caribou
2. Vamos
3. Isla de encanta
4. Ed is Dead
5. The holliday song
6. nimrod's son
7 .I've been tired
8. Levitate me

Torrent | Come on Pilgrim + Sufer Rosa

Ela então juntamente com grupo retorna para Boston e são recebidos como patrimônio estadual, heróis...
- Hey David! Hey Joe! Antes éramos um estúpido grupo de Boston e agora somos os melhores de Boston isso não é estúpido?



I've Been Tired
One two three

She's a real left winger 'cause she's been down south
And held peasants in her arms
She said "I could tell you stories that could make you cry"
"What about you?"
I said "Me too"
"I could tell you a story that would make you cry"
And she sighed "Aaahh"
I said "I wanna be a singer like Lou Reed"
"I like Lou Reed" she said sticking her tongue in my ear
"Let's go, let's sit, let's talk"
"Politics go so good with beer"
"And while we're at it baby, why don't you tell me one of your biggest fears?"
I said "Loosing my penis to a whore with disease"
"Just kidding" I said "Loosing my life to a whore with disease"
I said "Please... I'm a humble guy with a healthy desire"
"Don't give me no shit because..."
I've been tired I've been tired
I tell a tale of a girl, but I call her a woman
She's a little bit older than me
Strong legs, strong fase, voice like milk, breasts like a cluster of grapes
I can't escape the ways she raise me
She'll make you feel like Solomon be one of your babies even if you had no one
(And while we're at it baby, why don't you tell me one of your biggest fears?)
I don't wanna sleep after setting my loins on fire
But that's OK because...

  Vídeomuito interessante, uma boa interpretação de I've Been Tired...Ckeck out!


To Be continued...

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